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MANOEL DE OLIVEIRA

  • Kimberllin Amorim
  • 28 de mar. de 2017
  • 2 min de leitura

Manoel Cândido Pinto de Oliveira nasceu a 11 de dezembro de 1908, na freguesia Cedofeita situada no Porto, no seio de uma família da burguesia industrial. O seu pai, Francisco José de Oliveira, foi o primeiro fabricante de lâmpadas elétricas e hidroelétricos em Portugal, além disso foi quem incentivou o filho a interessar-se pela sétima arte, visto que tinha o habito de levar o filho ao cinema para ver as fitas de Charles Chaplin e Max Linder.

Enquanto jovem, frequentou o Colégio Universal, no Porto, alguns anos mais tarde frequentou também um colégio de jesuítas na Galiza (Espanha) onde se dedicou ao desporto sendo que foi no atletismo que Manoel de Oliveira ganhou maior notoriedade, tendo sido campeão nacional de salto à vara e atleta do Sport Club do Porto.

A sua estreia no cinema foi em 1928, aos 20 anos, quanto entrou para a Escola de atores, fundada por Rino Lupo, participando como figurante no filme “Fátima Milagrosa”.

Com 23 anos, com uma camera Kinamo, começou a filmar a sua primeira curta-metragem “Douro, Faina Fluvial”, juntamente com o fotógrafo amador, António Mendes. Este é um documentário sobre a faina do rio Douro inspirada no filme de Walter Ruttman “Berlim, Sinfonia de uma capital” de 1927. Foi então que Manoel de Oliveira estreou-se como realizador.

A partir daí o cineasta continuou as suas filmagens, criando vários documentários só anos mais tardes, em 1942, se aventurou na ficção com a adaptação ao cinema “Os Meninos Milionários” de João Rodrigues de Freitas.

As suas metragens sempre tiveram características muito próprias do cineasta. Os seus filmes tinham uma estrutura muito diferenciada assim como o desenrolar da ação. O autor dá mais importância às palavras e ao conteúdo do que aos atos em si mesmos. A camera raramente se move e quando o faz são movimentos muito lentos e subtis. Tudo isto para que o espectador não se distraia.

Ainda em 1942 filmou também “Aniki-Bobó”, que na altura foi um fracasso quer em termos de bilheteria quer entre críticas. Foi por causa dessas reações negativas que o artista abandonou o cinema e dedicou-se aos negócios de família temporariamente. Contudo com o passar dos anos “Aniki-Bobó” tornou-se um ícone entre as suas obras.

Em 1982, Manoel de Oliveira, criou um documentário autobiográfico “A Visita-Memórias e confissões”, mas o desejo do autor era que esta obra fosse projetada unicamente após a sua morte.

Da sua carreira fazem também parte as obras “O Ato da Primavera” (1963), “Non, ou a Vã Gloria de Mandar” (1990), “A Divina Comédia” (1991), “O Estranho Caso de Angelica” (2010), entre outras.

A sua ultima obra foi a curta-metragem “O Velho do Restelo”, que estreou no dia do seu 106º aniversário, em dezembro de 2014.

Veio a falecer em 2015, aos 106 anos de idade, carregando o título de cineasta mais velho do mundo em atividade, com 90 anos de carreira.

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